sábado, 2 de maio de 2009

Bento XVI pede orações pelas populações da Terra Santa

A poucos dias da sua partida para a Terra Santa, Bento XVI pediu orações pelas populações daquela região, “a braços com a violência e a injustiça”.

Recebendo no Vaticano, os representantes da chamada “Fundação Papal”, de católicos dos Estados Unidos da América, o Papa assegurou que parte como “peregrino de paz” e mostrou a sua preocupação com todos os que, em todo o mundo, mais sofrem as consequências da actual crise económica.

Bento XVI sublinhou que “o mundo de hoje tem realmente necessidade de paz”, especialmente onde se enfrentam as tragédias da guerra, da divisão, da pobreza e do desespero”.

Foi neste contexto que o Papa referiu “o privilégio de visitar a Terra Santa”, dentro de poucos dias. “Vou como peregrino de paz. Como bem sabeis, desde há mais de sessenta anos que esta região – a terra do nascimento, morte e Ressurreição de nosso Senhor; lugar sagrado para as três grandes religiões monoteístas do mundo – tem sofrido com as pragas da violência e da injustiça, o que tem levado a uma atmosfera geral de desconfiança, incerteza e medo – contrapondo muitas vezes vizinho contra vizinho, irmão contra irmão”, disse.

“Quando me preparo para esta significativa deslocação, peço-vos de modo especial que vos junteis a mim na oração por todas as populações da Terra Santa e da região. Que possam receber o dom da reconciliação, da esperança e da paz”, acrescentou.

Evocando também o facto de o mundo inteiro estar a viver uma grave situação económica, Bento XVI advertiu contra “a tentação de, nestas circunstâncias, esquecer os sem voz, preocupando-nos unicamente com as nossas próprias dificuldades”.

“Contudo, como cristãos, temos consciência de que é especialmente quando os tempos são difíceis que temos que actuar mais seriamente para que possa ser escutada a confortante mensagem de nosso Senhor”, indicou.

“Mais do que voltarmo-nos para nós próprios, devemos continuar a ser faróis de esperança, força e apoio para os outros, muito especialmente para aqueles que não têm ninguém que deles cuide e os assista”, prosseguiu.

Sobre a viagem à Terra Santa, que decorre de 8 a 15 de Maio (Jordânia, Israel e Territórios Palestinianos), o Pe. Federico Lombardi, director dos serviços de informação do Vaticano, considera que esta, “mais do que qualquer outra, é uma autêntica peregrinação: aos lugares santos da história da salvação e, sobretudo, da Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, Filho de Deus”.

“Estamos conscientes do quão incerta é a situação política naquela região do mundo, e quão frágeis são as perspectivas de pacificação. Mas o Papa põe–se a caminho com uma coragem admirável, fundada na fé, para falar de reconciliação e de paz”, referiu este responsável.

Agência Ecclesia

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