sábado, 16 de maio de 2009

Discurso forte na despedida

À saída de Israel Bento XVI fez um discurso forte onde apelou novamente à paz sem se coibir de defender o direito dos palestinianos a uma pátria, na presença do presidente Shimon Peres e Benjamin Netanyahu.

Foi com palavras firmes que Bento XVI se despediu dos seus anfitriões no aeroporto Bem Gurion, em Israel.

Num discurso que conseguiu ser simultaneamente franco e diplomático, o Papa defendeu o direito à existência dos Estados de Israel e da Palestina, e falou do pesar que sentiu ao ver o muro de separação que cerca grande parte do território palestiniano.

O Papa condenou enfaticamente a violência: “Permita-me que faça este apelo a todos os que vivem nesta terra: Nunca mais derramamento de sangue! Nunca mais conflitos! Nunca mais terrorismo! Nunca mais guerra! Em vez disto, quebremos o ciclo vicioso da violência”, pediu o Papa.
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quinta-feira, 14 de maio de 2009

Mensagem contra o fanatismo e a violência


De visita a Nazaré, na Galileia, o Papa apelou hoje à protecção das crianças do fanatismo e da violência, à coragem dos cristãos na Terra Santa e à convivência pacífica entre as diferentes religiões.

Bento XVI reafirmou o desejo de ver unidos cristãos, judeus, muçulmanos e outras religiões a favor de uma cultura de paz.


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Um Papa carregado de presentes

Já antes falámos de alguns dos presentes que o Papa recebeu durante esta sua peregrinação.

Agora, olhamos mais de perto para algumas das ofertas que Bento XVI levou consigo para oferecer aos seus hóspedes.

Aos dois grão-rabinos de Jerusalém o Papa entregou uma cópia de uma página de um livro de oração judaico. O livro original pertencia à biblioteca pessoal da Rainha Christiana da Suécia, que foi comprada pelo Vaticano aquando da sua morte, no século XVII.



Aos líderes muçulmanos, por sua vez o Papa entregou o fragmento de uma folha original de um exemplar do Alcorão do século VII.


Por fim, ao presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, o Papa entregou um mosaico emoldurado, uma cópia de um dos mosaicos da Basílica de Santa Maria Maior em Roma, que mostra a Natividade de Cristo.

180 Portugueses com o Papa em Nazaré

Foram várias as paróquias portuguesas que estiveram representadas em Nazaré hoje, na Eucaristia presidida por Bento XVI.

Só da paróquia de Nova Oeiras viajaram 30 peregrinos.

Entre eles conta-se João Novais, que hoje afirmou à jornalista Aura Miguel que: “Para mim foi uma grande alegria ter estado aqui, foi muiito emocionante estar com o Santo Padre, juntamente com 30 mil peregrinos, e 180 portugueses. Gostaria muito de repetir uma viagem destas”.

“Construir pontes para uma coexistência pacífica”

Esta manhã, na homilia da missa que celebrou no Monte do Precipício, Bento XVI convidou cristãos e muçulmanos a trabalharem em conjunto, rejeitando ódios.

O Papa lembrou que Nazaré é também o lugar onde se contempla o amor da Sagrada Família, o modelo de qualquer família cristã, mas também a cidade onde muçulmanos e cristãos se desentenderam devido a hipótese de construção de uma mesquita no pátio da Basílica da Anunciação. O projecto acabou por não avançar. O Papa pede a cicatrização de uma eventual ferida entre as duas comunidades.

“Infelizmente como o mundo sabe, Nazaré sofreu tensões nos últimos anos, que prejudicaram as relações entre as comunidades cristã e muçulmana. Convido as pessoas de boa vontade, de ambas as comunidades, a reparem o dano que foi feito, e na fidelidade ao credo comum num único Deus, pai da família humana, a trabalharem para construir pontes e encontrar meios para uma coexistência pacífica. Que cada um rejeite o poder destruidor do ódio e do preconceito que matam a alma humana antes ainda de matar o corpo", afirmou.

Nazaré é a cidade árabe mais importante de Israel, e a sua população está dividida entre cristãos e muçulmanos. As tensões entre as duas comunidades têm aumentado na mesma proporção em que o islamismo se torna factor importante no movimento nacionalista palestiniano.

Bento XVI reafirma direito a uma Palestina independente

O Papa esteve ontem nos territórios palestinianos onde visitou um campo de refugiados, junto ao muro que divide Israel dos territórios palestinianos.

Bento XVI aproveitou a ocasião para reafirmar o direito a uma Palestina independente.

O Sumo Pontífice assume que os palestinianos vivem em condições precárias e difíceis. Por isso é legitimo que se sintam frustrados: estão por cumprir as suas legítimas aspirações de ter um Estado independente e uma Pátria permanente.

Foto Reuters

“Sei que muitas das vossas famílias estão separadas por causa da prisão de membros da família ou das restrições à liberdade de circulação e que muitos de vós têm experimentado o luto durante as hostilidades. O meu coração une-se a todos que estão a sofrer”, disse.

O encontro do Papa com os palestinianos no campo de Aida foi junto ao Muro que separa os refugiados de Israel. Esse facto não foi esquecido por Bento XVI.

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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Porta-voz de Bento XVI desmente o seu próprio esclarecimento

O Pe. Federico Lombardi convocou uma conferência de imprensa esta tarde para afirmar que o Papa “nunca, nunca, nunca” pertenceu à Juventude Hitleriana. Horas mais tarde teve que se desmentir a si mesmo.

Lombardi terá cometido um erro ao afirmar que Bento XVI nunca pertenceu à Juventude Hitleriana. A pertença do Papa a essa organização era já pública e tinha sido reconhecida por ele mesmo em mais do que uma ocasião.

O jovem Ratzinger foi obrigado por lei a alistar-se no movimento nazi quando estava no seminário, mas logo que possível abandonou-o. O anti-nazismo da família Ratzinger é aliás conhecida, e o pai do actual Papa viu a sua carreira de polícia ameaçada por não abraçar a ideologia que dominou a Alemanha nesses anos.

O esclarecimento de Lombardi foi feito na sequência de críticas vindas a lume na imprensa israelita sobre o discurso do Papa na Segunda-feira, no memorial do holocausto. Alguns comentadores e políticos consideraram que as palavras do Papa foram demasiado impessoais, e que o Pontífice deveria ter mencionado o facto de ser alemão e de ter pertencido à Juventude Hitleriana.

Horas depois de ter negado tão enfáticamente essa pertença, Lombardi afirmou à imprensa que afinal Joseph Ratzinger tinha pertencido, mas sempre contra a sua vontade.

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